quarta-feira, 24 de junho de 2015

Marcas

Marcas


Quantas marcas marcaram minha vida
Quantas ainda... Irão me Tatuar
Pois inda sobram-me Dermátomos
E quanto Tempo me sobre pra marcar...
Se a Vida é Vela
Ou se a Pele enruga
E perca a plasticidade, e a higidez
Ou não me sobre nada
E não me sobrem... Sobras
Que sirvam para contemporizar a Flacidez
E se for longa a Vida
Quantas Marcas!
Tantas Tatuagens!
O que não é tão comum
Mas não previ que fosse assim a minha agenda
Pois se somaram tantas... Marcas; Rugas; Mágoas
Estrias, e Cicatrizes que magoam
E que maculam o ser
E a Tatuagem é fixa
Diferente das máscaras que eu usei de improviso
Foram precisas
E a Fisionomia se transforma
E ao mesmo tempo engana
E da mesma forma... Ilude
Elas dizem por dizer... Liberas
Elas falam por falar... É sua vez! Disfarças!
As Tatuagens não!
Quantas marcas que preciso me lembrar
Quantas mágoas deixarei com minhas marcas
Da loucura não!
Vivo o existencialismo
E bem longe destas concepções... Surrealistas
E da aceitação do Ilusório
Distante destas suposições Idealistas
Pois abomino estas noções do Imaginário
Que vive na Ficção
E mana do Iluminismo exacerbado
E minhas marcas não são invisíveis
E somente algumas
Fincaram-se nos recôncavos absconsos da minha Alma
Eu só não queria era levar no meu Esquife
Mágoas de meu rascunho
Marcas de Poesias Vivas
Expostas nos Anônimos da Poesia e da Arte,
E Desastrolados do Desconhecido


                                           Dr. Ademar Raimundo de Barros.

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