As Sombras de um Enigma
Eu bem sei...
Até que ponto um homem anda... E seus passos
Sei distinguir... O verdadeiro, o falso.
E sei... Como a aranha e quando
Ela arruma a “teia”.
As Cobras eu sei sem vê
Quando arrumam o bote
Bem sei quem me tolera... E sei quem me rodeia
Basta olhar pros pés... E ver-se o Retrato
Mas se olhar pro Rosto... A “Cara é feia”.
E sei... Quais unhas que arranham
E as que me querem ter
Mesmo as que fingem manhas
Mesmo as que dizem... “Amor!”.
É fotografar... A nitidez do raio
Que o céu rasgou por que chegou a vez
Sessenta e sete vezes... Eu tentei
Somente uma vez... Eu consegui
Por trás da escuridão, dentro das nuvens.
A explosão de tudo que pensei.
E
parafraseando, ou como queiram admitir: “Plagiando”; este Ás de Ouro da
Literatura Portuguesa: FERNANDO PESSOA... Sigo poetizando...
“Haja ou não Deuses, deles somos servos
Mas vale a pena quando a alma não é pequena
Pois tenho em mim todos os sonhos do mundo
E quero para mim, o espírito destas frases.
Pois não é somente necessário viver...
Também é necessário criar
E ouço o vento passar
E ouço o vento dizer
Valeu-mo a pena viver
Mesmo como vulgar
Pois querer não é poder... Por que se perde em querer
Quem nunca há de poder.
E logo eu... Que não conheço ou sinta alguma diferença
Entre quem mata quem dorme ou; quem sonha.
É como se houve-se matado uma criança
Sicários! Alguém ficou de luto
Com a morte da auto expressão; que luta pra ser absoluta."
Comentários do Autor: Uma
fotografia só! Serviu-me para modificar todo um contexto, e
criteriosamente mudar (já que não fui feliz) em comentário efetuado
anteriormente. A intempestividade às vezes nos conduz a polos distantes
da realidade, mas valeu a pena: “O Raio” fotografado por: Maria Valda
Mejia Noteno, que nos leva à meditação.
Quem foi que nasceu com a predestinação de ser... Um "Para Raio?
Quem teve a propensão de ser assim?
Quem poderá apiedar-se Senhora do Destino! Dos Raios que emanam do Poder, venham somente destinar-se a si?
Quem possa saber do dia de amanhã?
E amanhã! Onde estará meu pensamento?
E eu tão longe!
E eu tão distante!
Mas num instante... A minha alma devota está aqui.
Quem foi que nasceu com a predestinação de ser... Um "Para Raio?
Quem teve a propensão de ser assim?
Quem poderá apiedar-se Senhora do Destino! Dos Raios que emanam do Poder, venham somente destinar-se a si?
Quem possa saber do dia de amanhã?
E amanhã! Onde estará meu pensamento?
E eu tão longe!
E eu tão distante!
Mas num instante... A minha alma devota está aqui.
Ademar Raimundo de Barros.
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