quarta-feira, 8 de julho de 2015

Versos Íntimos

Versos Íntimos


A sombra de um poste vertical, projetada pelo sol sobre um chão plano, mede 12 m. Neste mesmo instante, a sombra, de um bastão vertical de 1 m de altura mede 0,6 m. Qual a altura do poste? Calcule!


a) 20 m
b) 2 m
c) 12 m
d) 1,2 m
e) 20,2 m.


Sintam este problema como... Um Verso/ Ou imaginem ser/ O homem! O Poste/ Nem pensem na sombra do Bastão/ Pensem no homem/ E na sua "Poesia" do momento

Para o Matemático... A solução

Para a Medicina... Reflexão 

Para o “Poeta”... Pede versos! 

Que meçam a dimensão da sombra

Pois não dimensionamos sofrimentos

         Na sombra de um poste vertical

Projetada pelo sol sobre o chão plano 

Neste mesmo instante, e mesmo dia

Quando possa existir... O desengano 

E a “sombra” do bastão... Era de um homem 

Que se protegia do “Sol” 

E a luz do próprio Sol; queimava e ardia.



Sentia dor por dentro... Não por metros/ Sentia dor na alma... Não no corpo/ Sentia a dor por perto... Não distante/ E sentia... A sua sentença com desgosto/ Sentia que: por uma questão de instantes/ Naquela sombra sobre o chão, “em manto” / Pra seu espanto! Pra seu desespero!/ A Ortotanásia... “Lia-se” em cada rosto.

Ah! Minha irmã! Minha segunda mãe... 
Vivo! É o destino 
E diante da vida, e perante a morte 
Atordoada a mente “avista”, ou tenta 
Reconciliar-se a tudo que contempla 
Na fisionomia que se mostra 
E é lenta a dor 
Nem há o que se faça 
E a impotência dita 
O ritmo doloroso das... Desgraças.

Em tua inspeção eu vi/ Não pela primeira vez, pois já vi tantas/ Mas desta vez, por mim! Por Deus! Por todas as Almas Santas!/ Quis sustentar minha dor/ Por dó! Por “nó”! Que preso na garganta/ Que pena de nós dois... Teus olhos me sustentam/ Não podes te expressar, mas podes confirmar/ O que minha alma... “Tranca”.

Procuro nem olhar... 
As tuas mamas 
Pois só de olhar, meu Deus! Espanta! 
O que palpar! O que fazer! 
Vontade de dizer... Meu Deus! Arranca!
É duro! É pedra! 
A previsão não nega... É “negra”  
Dói por saber que amanhã... Mais nódulos atormentam 
E ver surgir mais um, mais dois, ou três, ou dez 
Em seriado e múltiplos 
E cada vez que olhe... Mais desgosto 
E cada vez que veja... Mais sofremos 
É como aceitar, quem não queremos 
E dividir a dor... Sofrer... Serenos.




Certo que nos amamos tanto como irmãos/ Certo que estaremos “sempre”, e sempre “juntos” / Mas não há coisa pior/ Que possa! Que exista! Neste mundo/ Que ver alguém morrer/ Sem termos o que fazer... Só contemplando/ E por que meu Deus!/ A morte fez questão de se substabelecer... Assim/ Alguns... Em um segundo/ A outros... Em sucessão cadenciada/ A lenta luta contra o tempo... Em micro-gotas... Segundos, por segundos.


 

                                                                                          Dr Ademar Raimundo de Barros.

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