Soneto Para Um Amigo
Se te perderes no caminho
Apenas refaças teus passos
Pois se não o achar... Procuras outro
Ou buscas os azimutes de fugas... Que encontras
O que seja um passo
Numa longa estrada?
Ou que seja? A escuridão perto da luz
Ó! Andarilho
O que será da fragilidade só! Perante a força
E se tropeças amanhã, e deixas da andar.
Pelos teus medos
Meça cada palmo, quantos metros.
E se a estrada feixa... Procuras nas trilhas
Nestas “picadas” feitas... Dentre as “moitas”
Destas "matas"
E fugindo... "Vai"!
E foge! Andarilho
Pois a coragem tem contra si... Espinhos que espetam
E lembra! Andarilho
O teu caminho é longo... Mas não infinito
David Emanoel G. Bremide.
Comentários
do Autor: Nada melhor que a verdade explícita, solta, franca; sem
sorraterismo, “manhas”, e sofismas vindos; em AVZ “enviesados” e presos
em subterfúrgios, subentendidos: quando somos cônscios do que seja a
vida, neste meu País... E é a vida que nos faz feliz; mas é a vida.
E
se pra mim seja dedicado o Soneto: parabenizo o Autor; David Emanuel,
pela sinceridade pessoal, pelo raciocínio lógico e indiscutível, e pela
visão (independente de sua tenra idade), pois por mais lamentável que
seja: triste daquele que nesta Terra venha expor a verdade e: “Qual será
o som do silêncio” de Michell Barros Maia; quando suas palavras
destacarem-se das demais, inclusive das minhas.
Qual será o som do silêncio?
Qual será o som do silêncio?
Quando só resta e nos arrasta a densa escuridão...
Qual será o som do silêncio?
Quando só nos resta o palco empoeirado e vazio...
Qual será o som do silêncio?
Quando a escuridão é pulsante e companheira.
E na verdade caminhamos com o silêncio,
Ou o oprimimos em nossas mentes densas?
E que mistérios e enigmas ele vem nos trazer,
Ou que visões assustadoras ele vem refazer?
Qual será o som do silêncio?
Quando a luz se faz nua em nossas consciências...
Qual será o som do silêncio?
Quando as trevas se tornam resplandecentes...
Qual será o som do silêncio?
Quando todos os verbos são conjugados.
E agora qual é a verdade que nos fala o silêncio,
Ou quais são as suas loucas probabilidades?
E as suas teorias e postulados cósmicos,
Ou onde estão nesse momento todos os acusadores?
Qual será o som do silêncio?
Quando compomos uma linda canção...
Qual será o som do silêncio?
Quando todos os átomos e moléculas dançam...
Qual será o som do silêncio?
Quando não se sabe decifrar o que saem das bocas.
E vêm nas tempestades que arrasam as vidas,
Ou serão negras virtudes do falar às escondidas?
E das línguas tenebrosas que se fazem ouvir,
Ou virão fazendo a guerra com a inércia do porvir?
Qual será o som do silêncio?
Quando a ignorância predominar na raça humana...
Qual será o som do silêncio?
Quando se acionar o start das bombas atômicas...
Qual será o som do silêncio?
Quando toda a natureza puder cantar sem parar.
Eu não sei quais são tuas notas, timbres e sons...
Já não posso te impedir e, ganhar-te os dons...
És amigo e inimigo do meu chegar e partir...
Meu silêncio, velho amigo, tu me fazes refletir.
Michell Barros Maia.
Muito obrigado! David Emanuel G. Bremide.
Muito obrigado! Michell Maia Barros.
E um grande abraço dos “Anônimos da Poesia e da Arte”.
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